domingo, 4 de fevereiro de 2018

Lançamento de "A Emissora Nacional e as Mudanças Politicas (1968 / 1975)...

O lançamento do livro A Emissora Nacional e as Mudanças Políticas (1968-1975) foi um momento feliz para mim. Primeiro, pela editora: MinervaCoimbra (nas pessoas de Isabel e José Alberto Garcia), depois, pelo apresentador, Adelino Gomes. A seguir, pelo áudio na Antena 1, trabalho feito por Olívia Santos (https://www.rtp.pt/…/p1467/e328941/entrevista-tarde-antena-1), que me perguntou como ia eu ouvir a gravação, lançada no ar no momento da apresentação do livro, ao que respondi que o ouviria em podcast. A rádio, hoje, é mais completa que outrora: além de se ouvir em direto, os registos são guardados em formato digital e ouvidos em qualquer momento e nos dispositivos móveis. Depois, agradeço o vídeo feito por Nunes Forte, um homem que dedicou toda a sua vida à rádio e à indústria do audiovisual, e as fotografias feitas por Fernando Corrêa dos Santos.



Do apresentador, Adelino Gomes, retiro as seguintes ideias, algumas tiradas diretamente do seu texto: O apresentador falou em “jornada investigativa excecional”: a história desde os pioneiros da rádio em Portugal que o autor vem escrevendo e submetendo ao escrutínio dos pares e à curiosidade dos cidadãos. À medida que o tempo avança em direção aos dias de hoje, cresce o número de leitores (e especialistas) com memória de pedaços e nalguns casos até com vivência direta do lado de quem participou e até num ou noutro caso protagonizou história dessa história. Razão pela qual foi escolhida apenas a EN. Contextos políticos, sociais e profissionais que enquadram os dois períodos distintos da história da rádio oficial abarcados pelo trabalho: o que vai de 1968 a 1974, marcado por uma tentativa, falhada, de liberalização do regime de ditadura, e aquilo que o autor designa por “a dinâmica dos dezoito meses de revolução” (abril de 1974 ao imediato pós 25 de novembro de 1975). Opção que o leva a reservar atenção às biografias pessoais daqueles que designa como “agentes perdedores no começo e no fim da revolução”. Isto é, primeiro o que aconteceu ao pessoal mais identificado com o marcelismo; e depois, ao pessoal mais identificado com o gonçalvismo. O último parágrafo do livro presenteia-nos com uma síntese crítica do melhor que li ou ouvi sobre em que se traduziram e o que representaram radiofonicamente estes sete anos de fim de um regime e de início de outro [o posterior aparecimento das rádios livres, que introduziram um novo período de grande criatividade na rádio]. O apresentador falou também numa injustiça a um grande profissional, já falecido, e não abordado no livro: António Jorge Branco. O autor tomou nota do reparo, e agradece.


[registo de Patrícia Cardoso]

 

[vídeo de Nunes Forte]


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