quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Teatro para seniores (e rádio)

Esta é uma parcela de texto do Diário de Notícias sobre a Companhia Maior, escrito por Maria João Caetano, onde se fala de rádio: "Às sextas-feiras à tarde, Maria Helena Falé senta-se ao microfone. E lê. Durante duas horas, lê um livro em voz alta com a sua voz bonita, a dicção perfeita, a entoação perfeita, como quem conta uma história. Maria Helena é voluntária da área de leitura especial da Biblioteca Nacional há quase 30 anos. O seu trabalho é gravar audiolivros para a população invisual e os doentes acamados. Também é voluntária na Rádio Renascença. «Faço locução no [podcast] Passo a Rezar. Não sou católica, mas gosto muito de fazer locução, é aquilo que mais gosto de fazer. E não me engano, gravo quase sempre à primeira», conta Helena, que antes de ser atriz teve uma vasta experiência não só na locução como no jornalismo, primeiro na rádio e depois na televisão. Talvez se lembrem dela dos programas de rádio 1-8-0 ou de Quando o Telefone Toca. Ou talvez saibam que foi ela que disse pela primeira «boa noite», em português, na televisão de Macau, na sua abertura em 1984. Nos últimos anos, já reformada, descobriu que podia usar tudo o que tinha aprendido na rádio e na televisão para fazer algo diferente - faz publicidade, narração de programas de TV, até representar pequenos papéis em séries e novelas como A Lenda da Garça, Todo o Tempo do Mundo, Depois do Adeus ou Bem-vindos a Beirais. Aos 70 anos, Maria Helena Falé continua a fazer toda a sua vida de saltos altos - «até corro, não me cansam nada» - e tem o espírito tão jovem quanto a sua voz. «Não tenho complexo nenhum com a idade, é sinal de que ainda cá ando», diz, divertida. Há três anos, entrou para a Companhia Maior e está encantada com a sua personagem em Sonho de Uma Noite de Verão, Hipólita, a rainha das amazonas. «Levo aquilo muito a sério e não é nada fácil. Mas diverte-me imenso»". [imagem retirada do sítio de internet de Helena Falé]

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