sábado, 5 de dezembro de 2015

A história da rádio segundo Álvaro de Andrade (4)

Neste texto de Álvaro Andrade, editado no Diário Popular de 25 de agosto de 1970, o tema foi a locução radiofónica. Olavo d'Eça Leal era uma personalidade multifacetada: crítico de cinema, desenhador, pintor. E entrou para a Emissora Nacional como locutor mas também autor de múltiplos diálogos, que alimentou ao longo de décadas de profissão. Um dos textos iniciais dele foi A Voz da Rádio (depois título de livro e que eu aproveitei, numa espécie de homenagem, no título de livro que publiquei em 2005, mas com a frase no plural). Olavo diria que nem sempre o locutor era compreendido pelos ouvintes, às vezes engana-se (por exemplo, pronuncia mal as palavras), precisa de longo tempo para se formar numa escola de locutores, dada a profusão de conhecimentos a aprender, e tem um ordenado que apenas chegava para viver decentemente.

Álvaro Andrade, também funcionário da Emissora Nacional e chefe de redação em Rádio Semanal à época, desempenhou o papel de crítico do cronista. Não seria melhor ele pedir aumento de salário diretamente ao presidente da Emissora Nacional?



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