quinta-feira, 24 de abril de 2014

Richard Hoggart

Não fora o magnífico texto de Miguel Bandeira Jerónimo no jornal em papel Público de hoje e eu não sabia da morte de Richard Hoggart, no passado dia 10 de Abril. Hoggart seria um dos fundadores do Center for Comporary Cultural Studies, junto à universidade de Birmingham, com Raymond Williams e E. P. Thompson. O nome mais famoso do CCCS seria Stuart Hall, falecido há dois meses.

O livro marca de Hoggart, As Utilizações da Cultura, em dois volumes editados pela Presença em 1973, daria conta das transformações ocorridas na cultura da classe trabalhadora (proletária, como se lia na contracapa) após o final da II Guerra Mundial e o modo especial que se podia atribuir à influência das publicações de massa. No fundo, os volumes reflectiam o percurso dos jovens como Hoggart, vindos de classes populares para a universidade e a vida académica.

Retiro um pouco do texto de Miguel Bandeira Jerónimo: os fundadores do CCCS "deram corpo a uma renovação crítica das ciências sociais e humanas, que em muito extravasou o seu contexto nacional de produção e institucionalização, o Reino Unido. O estudo das interrelações entre o poder, a cultura e a política". E menciono os temas dos três primeiros capítulos do primeiro volume do livro de Hoggart: definição de classe trabalhadora; tradição oral, lar e família; "nós" e "eles".


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