domingo, 27 de fevereiro de 2011

CICLOS DE MEDIA

2011, a meu ver, marca o começo de um novo ciclo dos media em Portugal. Argumentos: 1) os jornais lançam edições para ser lidas no ipad e noutras plataformas pagas, de que o Expresso é o exemplo mais recente, depois de 15 anos de ciberjornalismo, 2) mudanças de pessoas e estratégias nos canais tradicionais de televisão, como as transferências da RTP para a TVI e da TVI para a SIC, além da reentrada de Paes do Amaral na TVI como accionista, que traçarão certamente modelos novos ou reajustados nas grelhas de programação e informação, 3) as audiências de cabo e outros chega a 26%, o que em 2010 não atingia 20%, muito por força da alteração de medição pela Marktest, e que parece reflectir melhor o que se passa realmente com o cabo no seu conjunto a poder ultrapassar a audiência do canal generalista TVI, líder desde há anos, 4) por via disso, maior segmentação e pulverização nos investimentos publicitários por meio, 5) notícias do arranque da televisão digital, ou pelo menos do seu não atraso de arranque ou switch-off, 6) eleição ou espera de eleição do novo conselho regulador da ERC, 7) anulação do concurso da CAEM para novo operador de audiências, mas a breve necessidade de abrir um novo, dada a premência da televisão digital. São alterações tecnológicas, comerciais, de programação e de reguladores e empresas de medição, com necessidade de uma gestão estratégica dos media de maior acompanhamento e incerteza de resultados. A palavra convergência ganha novos e mais fortes contornos.

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