sábado, 21 de agosto de 2010

SOBRE O ESPAÇO

Se Virilio (1996: 34) vê, no comboio de grande velocidade, uma redução de tempo e de espaço, cujo resultado é a perda da paisagem, para Urry (1995/2003: 23) a compressão do tempo e do espaço geram fragmentação e desorientação, no que chama de pós-modernismo. Entre outras explicações, Urry fala na menor durabilidade de produtos, contratos e relações, no efémero da moda, no crescente peso de publicidade, cultura da promoção, técnicas de simulação e tecnologias da informação. Mas, ao colapso do espaço, pela sua redução, e ao invés da aldeia global (McLuhan), onde tudo parece semelhante, Urry observa a percepção de que cada local (bairro, cidade, região) luta pela afirmação das suas especificidades, ao se apresentar como atraente a investidores, empregadores e turistas.


A dona do pequeno hotel aconselhou-nos a fazer uma incursão pelas praias a quinze quilómetros para leste. Disse que encontraríamos um porto de origem fenícia, com um casario e paisagem distintos e onde se podia almoçar bem.

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