sábado, 28 de novembro de 2009

EMILIO SALGARI POR PEDRO MEXIA


Eu também li Emílio Salgari (1862-1911), pelo que agradeço a Pedro Mexia ter recordado o escritor na sua coluna semanal do Público. E igualmente Julio Verne, embora não tanto como algumas pessoas da minha geração. Ambos escreveram romances de aventuras fascinantes e a sua leitura permitia sonhar e idealizar como seriam as paisagens e os contextos sociais e culturais, coisa que nem os próprios sabiam. É que o seu conhecimento vinha de livros e de enciclopédias, pelo que punham a imaginação a funcionar.


A banda desenhada e o cinema animado de ficção científica funcionam no mesmo registo, e de igual modo as sucessivas modas de filmes de extra-terrestres, monstros ou como a leva de filmes actuais de vampiros.


Muito interessante no texto de Pedro Mexia: em quase duas das quatro colunas ele referencia outro autor, Umberto Eco, no seu livro A misteriosa chama da Rainha Loana. Eco faz uma longa e elogiosa observação a Emilio Salgari. Este, continua Mexia, vinha de uma família modesta e teve uma existência problemática:  a mulher enlouqueceu, ele temia cegar e acabou por se suicidar "à japonesa", com os editores continuamente a explorarem-no, pagando-lhe pouco pelos três romances que produzia por ano.

Sem comentários: