quinta-feira, 16 de abril de 2009

SOPCOM

Está a decorrer o VI congresso da SOPCOM, em Lisboa. A imagem mostra uma mesa da manhã, constituída por Cristina Ponte, Erik Felinto, Joaquim Fidalgo, Gonzalo Abril, Paquete de Oliveira. O vídeo regista uma parcela significativa da comunicação de Paquete de Oliveira, antigo presidente da direcção da SOPCOM e professor universitário, actual provedor do telespectador da RTP.




Na conferência inaugural desta manhã, Miquel de Moradas falou sobre o serviço público de televisão e de rádio e da necessidade de mudança de paradigma, com o surgimento do serviço público das redes multimedia. Isso significa, para ele, o fim do broadcasting enquanto se começam a avaliar as consequências da televisão digital terrestre.

O entendimento que faço da proposta de Moradas implica a venda das frequências, até agora um bem público. Embora nunca fosse do domínio público gratuito, pois a licença de emitir numa frequência foi sempre organizada pelos Estados e por organismos internacionais, a passagem para o digital pode implicar uma privatização das frequências e o seu aluguer por valores mais altos, dado o uso comercial delas. A rádio e a televisão usavam as frequências atendendo a valores educacionais e de entretenimento, de democracia e de serviço público - ou seja, havia uma função social de base.

No entanto, vivemos num novo contexto, o da internet (blogues, redes sociais), de maior pluralismo (as ferramentas de produção são muito acessíveis, económica e tecnologicamente, embora surjam vozes reclamando regulação), o que pode equilibrar a perda do uso social das frequências hertzianas.

Das mesas em que estive presente, saliento as comunicações de Luís Bonixe (rádio e sítios da internet de rádio), Dora Santos Silva (jornalismo cultural) e José Luís Garcia e Sara Meireles Graça (jornalismo e jornalistas no contexto do actual capitalismo). A imagem seguinte foi retirada da comunicação de Dora Santos Silva.

Sem comentários: