quarta-feira, 25 de março de 2009

A CULTURA SEGUNDO CARRILHO

As páginas centrais do Diário de Notícias trazem o texto completo que Manuel Maria Carrilho fez chegar recentemente à Fundação Res Publica. Do jornal, retiro algumas parcelas (com que concordo):

  • A cultura é hoje reconhecida como um factor decisivo no desenvolvimento de qualquer país, como um pilar que, nas suas diversas vertentes, contribui não só para o desenvolvimento dos países como para a afirmação dos povos e para a visão que eles têm do seu futuro. [...] Para já não falar da atonia e da desorientação que têm marcado áreas tão vitais como as do livro e da leitura, do cinema e do audiovisual, em que não se vislumbram, ao nível da tutela do sector, quaisquer opções, orientações ou políticas. A política cultural tornou-se assim cada vez mais invisível, ilegível e incompreensível, ameaçando fazer, dos anos 2005/09, uma legislatura perdida para a cultura. [...] Sem um orçamento minimamente realista, nenhuma política é possível. Por isso, a área da cultura deve ser dotada com 1% do Orçamento do Estado, sendo fundamental que se assuma de um modo absolutamente claro esse compromisso para a próxima legislatura. Essa meta poderá atingir-se gradualmente: 0,6 em 2010, 0,8 em 2011, 0,9 em 2012 e 1% em 2013. [...] No campo das responsabilidades estruturais estão as de assegurar um digno funcionamento de instituições nacionais da maior importância para o País, como a Biblioteca Nacional, a Torre do Tombo, a Cinemateca Nacional, os Teatros Nacionais de São Carlos, de D. Maria II e de São João, a Companhia Nacional de Bailado. Ou, ainda, de instituições como as Fundações de Serralves, da Casa da Música e do Centro Cultural de Belém. No âmbito das suas responsabilidades estruturais estão a de garantir a manutenção e a valorização do Património Classificado, nacional e mundial, assim como da Rede Nacional de Museus. Sem esquecer o seu papel, em todo o território, na Rede de Leitura Pública, na Rede de Cineteatros e na Rede de Arquivos.

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