segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

EMPREITEIROS DO CINEMA

São os autores dos filmes O Crime do Padre Amaro, Corrupção, Call Girl, A Arte de Roubar, Amália - o Filme, Second Life e das (mini)séries de televisão Equador e A Vida Privada de Salazar. Isto na perspectiva de Alberto Seixas Santos, João Botelho e José Nascimento, hoje em texto no Público e assinando-se como membros da Associação Portuguesa de Realizadores.

Os três realizadores querem que o Instituto do Cinema volte a chamar-se Instituto Português do Cinema, a separação total do cinema face ao audiovisual e regras transparentes e júris competentes para os concursos públicos.

Alguns números associados à crítica que os realizadores fazem aos produtos audiovisuais acima identificados. Primeiro, o financiamento: Fundo de Investimentos para o Cinema e o Audiovisual - FICA/IAPMEI (40%), ZON Lusomundo, dedutíveis nos impostos (30%), RTP (6%), SIC (12%) e TVI (12%). Isto significa 76% de fundos públicos. Segundo, a distribuição das receitas de um êxito que atinja hipoteticamente 200 mil espectadores, perfazendo €900 mil: €540 mil para o exibidor (sala), €180 mil para o distribuidor, €252 mil para o produtor. Logo, longe dos acima de €1500 mil que os autores/empreiteiros do audiovisual apregoam, conclui o texto.

Responsáveis, segundo Alberto Seixas Santos, João Botelho e José Nascimento: os ministros da Cultura (que aceitou um orçamento na Cultura de 0,4%, quando a média europeia é de 1%) e dos Assuntos Parlamentares e o Primeiro-Ministro.

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