sábado, 20 de dezembro de 2008

ESTRATÉGIAS PARA A CULTURA EM LISBOA

Na primeira reunião de grupos de trabalho para as Estratégias para a Cultura em Lisboa (Palácio da Mitra, 22 de Novembro de 2008) foi distribuído um questionário aos participantes entregue na 1ª Reunião dos Grupos de Trabalho.

A equipa organizadora recebeu 38 questionários preenchidos pelos intervenientes dos vários grupos de trabalho e, depois e por email, recebeu mais 13. Foi a partir daí que escreveram o relatório, que se pode ler na íntegra aqui.

Os problemas mais referidos neste questionário referem-se as questões de articulação, coordenação e relacionamento da câmara, entre as várias estruturas e com entidades externas, privadas ou públicas. Depois, as respostas apontam para problemas relacionados com o
planeamento estratégico e as políticas culturais existentes (ou inexistentes) e na área dos equipamentos e espaços culturais.

Da oferta cultural, as respostas ao inquérito apontam a inexistência de uma oferta de programação integrada, a duplicação de iniciativas e projectos com inerente desperdício de fundos, a fraca internacionalização da criação, da produção e das estruturas artísticas, a repetição de eventos e actividades, o cancelamento de projectos de grande êxito (como os Concertos de Natal), a demasiada oferta de "alta cultura", a falta de rentabilização e potenciação dos recursos patrimoniais e museológicos, o protagonismo da cultura contemporânea, a ausência de um núcleo forte orientado para a facilitação de acesso e disseminação de informação e produção de conhecimento, a inexistência de programas de formação para saber ver as representações da cidade.

O relatório contém muitos dados interessantes que podem ser consultados aqui. Mas fico-me com o que um grupo de inquiridos está disposto a intervir na questão dos acessos à cultura e na participação cívica activa, verificável através deste gráfico:


O projecto, a cargo de um centro de estudos do ISCTE, entretanto recebeu críticas. A directora da Casa Fernando Pessoa, Inês Pedrosa, discorda que se gastem "80 mil euros a comprar um programa cultural que devia ser a vereação da cultura a fazer". Para ela, "Há gente suficiente e de qualidade na câmara para o fazer" (Público Última Hora, 16.12.2008).

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