domingo, 13 de agosto de 2006

TECNOLÓGICAS

Ontem, os jornais referiam-se aos vinte e cinco anos do computador pessoal da IBM (casos do Expresso e do Público). Hoje, o El Pais, a partir de um estudo, reflecte sobre a relação entre televisão, telefone celular, videojogos e internet nos públicos mais jovens, nomeadamente com idades compreendidas entre 4 e 14 anos.



A televisão, em confronto com as outras tecnologias de comunicação e lazer, perde. Assim, apenas a população acima dos 25 anos é que passou a ver mais televisão. Até aos 24 anos, a televisão está a deixar de ser o principal meio electrónico de comunicação e lazer. Por exemplo, dos jovens espanhóis dos 10 aos 14 anos, 72% usam frequentemente o computador, 66% navegam na internet, 54% têm celular, mas vêem menos 20 minutos diários de televisão se comparados com resultados de há dez anos atrás.

Uma explicação para isto pode residir em menos interactividade da televisão com os jovens e porque há menos programas orientados para públicos juvenis. A dieta televisiva é semelhante entre adultos e jovens, porque os canais de televisão não tem sido capazes de produzir programas adequados aos menos crescidos [o que acontece também em Portugal e motivou a crítica da ERC à SIC, nomeadamente, com reacção recente desta].

Por outro lado, o desconhecimento, por parte dos adultos, de tecnologias como as consolas de videojogos, leva a que estes não acompanhem as crianças e jovens. E o texto que aqui sigo (de Rosario G. Gomez) alerta para o seguinte: em Espanha [e creio que também em Portugal], ainda não se deu nenhum caso de hikikimoris (palavra japonesa que significa "isolamento" "encerrar-se em si mesmo"), que afecta 10% dos jovens nipónicos. De tão ultratecnologizados que estão, preferem viver no mundo virtual das tecnologias de comunicação e lazer e evitam sair de casa.

1 comentário:

Anónimo disse...

A acção da(s) TV(s) com os jovens resume-se a MANGA em vários tons, e claro que as consequências são as que são de se esperar