terça-feira, 20 de junho de 2006

CINECLUBES E CINEFILIA - 2

Ontem, no seminário História da cultura de massas em Portugal no século XX - na Universidade Nova de Lisboa -, Paulo Jorge Granja (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) falou de Cineclubes e cinefilia: entre a cultura de elites e a cultura de massas.

Depois de descrever e analisar o cinema no seu começo, e da lenta separação entre cinema comercial e cinema enquanto arte, passou a definir os cineclubes, que dividiu em duas etapas principais, tendo a Segunda Guerra Mundial como baliza. Assim, nos anos de 1930, os primeiros cineclubes tinham uma acção restrita e dirigida às elites. O objectivo era alcançar os cinéfilos mas não as grandes massas. A segunda geração de cineclubes goza de uma amplitude maior, até devido à crescente mobilidade cultural das massas de trabalhadores fãs do cinema de qualidade.

Questões como cinema mudo (silêncio, fotogenia e montagem), introdução do sonoro (prevalência do texto) e variações em torno do conceito cinéfilo (inicialmente, o fã do cinema de qualidade, depois voltado mais para o cinema comercial) foram também abordadas pelo orador. A referência aos primeiros cineclubes nacionais e às revistas de cinema constituiram ainda temáticas destacadas por Paulo Jorge Granja.

1 comentário:

Leonor Areal disse...

Sinceramente, acho tristíssimos estes videos que põem em evidência todas as fraquezas e inépcia comunicativa dos visados...