quarta-feira, 31 de março de 2004

NOTÍCIAS DOS JORNAIS

Segundo a Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o jornal Correio da Manhã atingiu os 110 mil exemplares vendidos, consolidando o lugar cimeiro, enquanto o 24 Horas passou de 37 mil exemplares em 2002 para 47 mil em 2003. Já neste mês, as vendas destes matutinos ultrapassaram os seus máximos: o lançamento de uma enciclopédia no primeiro caso e de "notícias" (?) como a colocação de uma bomba na gare do Oriente despertaram o interesse dos leitores. É o tempo dos jornais populares ou de cariz tabloidizante. Para mim, a influência dos formatos leves e sensacionalistas de noticiários televisivos conduzem a este sucesso. Já Jornal de Notícias, Público e Diário de Notícias baixaram respectivamente para 102527, 54306 e 47131 exemplares.

NOTÍCIAS DA TELEVISÃO

Após muitos anos com estúdios e redacção na Av. 5 de Outubro, aqui perto do Campo Pequeno, a RTP passa-se para a Av. Marechal Gomes da Costa. As "más línguas" dizem que ela vai para a zona J de Chelas, o que é depreciativo para um edifício adequado. O certo é que se troca o conforto envolvente das avenidas novas, com restaurantes, lojas, centros comerciais e cafés por uma zona onde nada isso há. É a sina das televisões. A TVI, em Queluz, fica a meio de uma rua a pique e sem saída; a SIC, na Outorela, em Carnaxide, fica numa rua onde só passa o autocarro. Talvez seja por causa da produtividade.

Com alguns jornais, isso também aconteceu. O tempo dos jornais concentrados no Bairro Alto desapareceu. Por sorte, a redacção de Lisboa do Público está num sítio excelente, na rua Viriato, perto da cosmopolita Picoas e do Saldanha. E o Diário de Notícias mantém-se no cimo da Av. da Liberdade, junto ao Marquês. Aparentemente, desapareceu a ideia de se mudar para lá do aeroporto. No Porto, tirando o Jornal de Notícias, que domina do alto da rua Gonçalo Cristóvão, os quase desaparecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro há muito que deixaram os magnificentes edifícios da Av. dos Aliados (agora uma instalação bancária) e da Rua de Santa Catarina (edifício substituido pelo centro comercial Via Catarina).

Voltando à televisão pública. Agora que ela se vai instalando em Cabo Ruivo, fala-se de administrações. É que a presidida por Almerindo Marques é a da holding. Faltam as administrações das empresas de televisão e rádio da agora Rádio e Televisão de Portugal. Por certo, não faltarão candidatos, resolvido o passivo da televisão (que passou para a holding).

DIRECTOR DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO PRECISA-SE

Recolhi, no caderno de emprego do El Pais de domingo passado, um anúncio curioso.

Uma produtora de televisão pedia director de programas de televisão para uma produtora. Requeria-se ampla experiência no meio televisivo e conhecimento no mercado audiovisual, com incorporação imediata no posto, em Lisboa. A remuneração prevista bruta seria de € 70 mil por ano. Respostas a pilardiazprod@hotmail ou pilardiaz@netcabo.pt.

Qual será a produtora?

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